Greenwashing, Bluewashing e outros washings

Com a importância e uma consequente pressão da sociedade pela ação positiva das empresas em relação aos princípios ESG, algumas têm adotado movimentos atabalhoados e, pior, comunicação intensiva para divulgar ações de pouca importância para as questões ambientais e sociais.

Greenwashing é um termo utilizado para nominar ações de empresas que se apregoam “verdes” de forma exagerada, ou apoiam atividades de menor importância no aspecto ambiental.

Bluewashing é usado para criticar ações sociais igualmente irrelevantes. Ou seja, bluewashing está para o S (Social), assim como greenwashing está para o E (Environmental). Precisamos inventar um washing para o G (Governance). Que tal G-washing?

O termo caberia para empresas que posam de “boazinhas” no campo do meio ambiente ou social, mas não seguem os preceitos da boa governança, praticando atos pouco éticos e transparentes nas suas relações comerciais.

As empresas precisam primeiro introjetar os princípios ESG e fazê-los permear toda a corporação. Criar um plano de ação, estabelecendo objetivos e atribuindo prazos para sua efetivação. Somente depois, deve-se partir para os relatórios e a comunicação.

Na verdade, os grupos mais antenados da sociedade não deixam passar incólumes as ações oportunistas de empresas que querem pegar a onda do ESG sem consistência.

É preciso adotar os 5 C’s que eu recomendo a todas as empresas com interesse em começar a praticar, de verdade, os princípios ESG: Convicção; Consistência, Coerência, Coragem e Criatividade.

Convicção, no sentido do entendimento de que tais práticas serão boas para a empresa, independentemente do conhecimento do grande público; Consistência, aplicando planos concretos e contínuos, não somente ações pontuais, oportunistas; Coerência, no sentido de praticar o que apregoa (Walk the talk); Coragem para realizar o que nem sempre agrada a todos (como o programa de trainees exclusivo para negros da Magalu, por exemplo) e Criatividade, que deve permear todas as ações da empresa (como a Starbucks brasileira, com seu programa I am, que deu suporte a pessoas trans que queriam mudar de nome, transformando seus cafés em verdadeiros cartórios para facilitar a mudança de nome – ação criada pela VMLY&R, que ganhou Grand Prix no Cannes Lions 2021 na categoria Glass.

Fica aqui a recomendação: antes de divulgar, faça uma autoanálise: isso é realmente relevante para a sociedade? Tenho resultados concretos e importantes para apresentar? Só depois de passar por esse autocrivo, divulgue sem medo.

Alexis Thuller Pagliarini, 28/03/2022

 

O artigo completo publicado no site da PROPMARK pode ser lido em:

https://propmark.com.br/opiniao/greenwashing-bluewashing-e-outros-washings/

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